O LIXEIRO
Ele estralava os dedos para rimar
com o som do seu choro, era incrível a forma que as notas musicais se formavam,
não era obrigação rimar, podia apenas estralar. Ele foi deixado como lixo, mas
perto do mau cheiro ele tornou-se o lixeiro. Ele não sabe muito bem o porquê, apenas disse que aguentaria receber aquilo que não serviria mais para as
pessoas, falou que estava tudo bem, mas enfatizou: Não deveriam descriminar os
lixeiros, eles são os mais educados, até porque recolhem das ruas o que as
pessoas jogam nelas e as poluem. Então é isso, limpar o que foi sujado, uma
historia sem amor, sem glória, mas uma historia de heróis. Uma história que o
vento leva para longe, que o fogo destrói e muda a água, não em uma cor bonita,
mas aquela que me preocupa, porque não posso limpar, e talvez dessa forma eu me
sinta inútil, não por limpar e sim por não limpar.
Que lindo! Você tem futuro, garoto
ResponderExcluirótimo poema!! adorei a analogia
ResponderExcluirObrigado <3
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