É sobre pensamentos confusos
Muitas vezes intrusos
É sobre tristezas momentâneas
Ou até mesmo errôneas
É um passado
Que precisa ser narrado
É um eterno sonhador
Mas não um realizador
Que convive com a dor
Mas ameniza com amor

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O LIXEIRO 

Ele estralava os dedos para rimar com o som do seu choro, era incrível a forma que as notas musicais se formavam, não era obrigação rimar, podia apenas estralar. Ele foi deixado como lixo, mas perto do mau cheiro ele tornou-se o lixeiro. Ele não sabe muito bem o porquê, apenas disse que aguentaria receber aquilo que não serviria mais para as pessoas, falou que estava tudo bem, mas enfatizou: Não deveriam descriminar os lixeiros, eles são os mais educados, até porque recolhem das ruas o que as pessoas jogam nelas e as poluem. Então é isso, limpar o que foi sujado, uma historia sem amor, sem glória, mas uma historia de heróis. Uma história que o vento leva para longe, que o fogo destrói e muda a água, não em uma cor bonita, mas aquela que me preocupa, porque não posso limpar, e talvez dessa forma eu me sinta inútil, não por limpar e sim por não limpar.



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