É sobre pensamentos confusos
Muitas vezes intrusos
É sobre tristezas momentâneas
Ou até mesmo errôneas
É um passado
Que precisa ser narrado
É um eterno sonhador
Mas não um realizador
Que convive com a dor
Mas ameniza com amor

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

HAPPY NEWOLDER YEAR


   Neste ano, a única singularidade é a palavra que me define, embora não tenha definição. Eu aprendi até que precisava aprender quando meu ego tentava me convencer de que eu já sabia de tudo. Aprendi que posso amar intensamente mesmo quando sou tão imensamente pequeno para quem amo, pode causar uma dor imensa, mas o aprendizado é o que deve ser mais valorizado. Aprendi que posso odiar quem no outro dia eu vou mais amar. Aprendi que posso ter mais do quê amizades, mais que apenas "te amo" mas sim verdadeiros "estarei contigo". Aprendi que posso fazer realmente o que quero, só preciso ser forte para colher o que plantei. Aprendi que posso estar cheio de pessoas ao meu redor, mas me sentir completamente solitário. Aprendi que posso estar sozinho e complementarmente realizado. Aprendi que o adeus é o pior ditado para deus. Aprendi que posso não ter, mas que é incrivelmente melhor ser. Enfatizei coisas que já havia aprendido e aperfeiçoei, aprendi que posso ser mais inocente que a própria inocência, mas não tão frágil quanto isto aparenta. Aprendi que posso sorrir quando estiver triste e chorar quando estiver alegre. Aprendi que várias coisas podem me completar, até a música que não consigo parar de escutar. Aprendi que posso ser tão patético ao ponto de me odiar, mas tão esperto ao ponto de próprio me elogiar. Aprendi que posso ser tão imaturo ao ponto de dizer coisas terríveis com alguém que nunca teria coragem de machucar, mas tão maduro ao ponto de ir me desculpar quantas vezes precisar. Aprendi que posso ter vergonha de me expressar, mas não quando encontro a forma correta de a fazer. Aprendi que pessoas vem e vão, vão e vem, aprendi que umas são apagadas como palavras que não se encaixaram no poema, mudadas ou até escrita erradas. Aprendi que posso ter todos os problemas do mundo com minha família, mas sempre será a minha família. Aprendi que posso procurar algo que nunca vou encontrar, mas na pesquisa descobrir que o que eu procuro pode ser substituído. Aprendi que a aceitação de si mesmo é a melhor coisa para superar vários obstáculos. Aprendi que eu posso ter milhares de defeitos, mas que com humildade reconheço todas minhas qualidades. Aprendi que não posso ser nada, mas mesmo assim serei algo. Aprendi a melhor definição sobre mim, a definição que tenho orgulho de fazer modificação, a definição que não tem explicação, expressão, continuação, ou significado. Aprendi que minha vida é o livro que eu próprio escrevo, sem história fixa, mas com uma história em cada página. O inefável. 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014


NINGUÉM
  Eu não gostaria de mudar tua mente, mudaria algo que me causaria alegria, seu olhar era por onde eu começaria. Eu só queria chegar e te ver enxergando através dos teus próprios olhos, sem precisar de alguém para te fazer notar o que eu quero te mostrar, que o amor é válido pra qualquer um, até pra aqueles que não sejam ninguém, que só vivem em busca de alguém, talvez, seja a mais válida forma de amar. O amar do ninguém é bonito, ouve até o grito do mudo bem distante do seu ouvido e tenta ajuda-lo, mesmo sabendo que se um dia o mudo falar, talvez possa o calar. A forma delicada de querer dizer que sua vida não tem mais estrada, dizendo que está cansado para caminhada, sem nem saber pra onde dar a primeira passada, o medo de pisar em falso faz ele flutuar ou apenas imaginar. Eu disse que não tinha nada pra dar, por que pede por mais? Eu sinto minha sombra se escondendo, com medo que reparem que comigo ela está parecendo, afinal, quem queria parecer com o ninguém? Eu. Me chamo inefável, não tenho instruções, explicações, significado ou origem, só tenho pedacinhos do meu coração que ainda podem causar emoção, sem saber se vai receber amor ou rejeição.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A DISTINÇÃO QUE SE CHAMAVA PAIXÃO

    Cercado de igualdade ele escolheu ser a distinção. Sentado sobre os seus velhos chinelos, olhava várias árvores, mas seu olhar estava atento para aquela que também havia escolhido a distinção. Cercada de igualdade, ela se via solitária ao centro das atenções, então, naquele momento ele percebeu que aquela árvore acabava de ser sua projeção. Pegou seu caderno carregado de emoções para talvez descrever a jamais descrita. Em meio a tantas escolhas, tantas facilidades de viver facilmente, por que alguém escolheria o oposto? Esta é a questão, não é escolha. Árvore representava o garoto na sua vida cercada de pessoas igualdade, aquelas que agem conforme o vento sopra, assim como aquelas árvores, mas a distinção estava no centro onde todos os sopros a alçavam, tornando-se o mais complexo meio de sobrevivência, sendo o alvo central de todo igual.
Ao acabar sua reflexão sobre aquela árvore a qual ele havia sido conduzido, levantou-se e refletiu sobre si mesmo.
Em vários momentos de sua vida ele havia engolido várias palavras para aceitar a negação, uma condição imposta pela rejeição. Vivia um silêncio, sem expor seus sentimentos. Uma vivência egoísta para quem abraçava até aqueles que o silêncio o causavam. Para aquele que aceitava os mais divergentes olhares, e tentava os achar adoráveis como escusa para não parecer reusáveis. Aquele garoto imaginava o amor como a coisa mais bela, pura e linda da forma de viver, até perceber que poderia ser apenas uma forma de se divertir sem compromisso em sentir, decepcionado em notar que invés de observar ele estava prestes a vivenciar, sentiu seus olhos falarem, de uma forma peculiar, não precisaram emitir sons. Neste dia, ele sangrou através de palavras que pingaram em papéis e tranformaram-se em diferentes emoções, palavras muitas vezes transparentes, imperceptíveis. Palavras que jamais buscariam seu significado, ou queriam explicações, no final entre várias palavras estava escrito "Paixão", única palavra iniciada com letra maiúscula, e a única na última linha, então perceberam que aquela era a assinatura do garoto que era e vivia de emoção.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

AMOR À DISTÂNCIA

    Quando olho o céu vejo a tua imagem brilhando para mim, quando tudo o que eu precisava era de um abraço para te dizer como eu estava, eu só podia olhar o céu e ver como você brilhava.
Quando eu queria ouvir tua voz eu colocava aquela velha canção que me arrepiava.
Quando tudo o que eu queria era um amigo para me acompanhar na terrível caminhada, eu só tinha você no céu para minha estrada iluminar.
Quando estava claro, você sumia, então eu fechava os olhos para passar aquela agonia de não te ver de dia
Quando eu passo a noite acordado é para te fazer companhia, meu querido nostalgia.
Quando durmo de dia é porque eu entendo que você não poderá ser minha companhia.
As vezes te vejo de perto quando sou esperto e pelo dia te transformo em meus sonhos secretos.
Quando olho no espelho muitas vezes me encontro em um desespero em saber que com você eu me pareço, talvez seja minha escusa para fugir dessa vida confusa.
Quando estou com os olhos fechados peço para não ser acordado, sabe por quê? É onde eu te torno mais real e finalmente temos nosso amor carnal que durante muito tempo é apenas visual.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

CONSTELAÇÃO 
Você soube me enfeitiçar com aquele olhar que eu soube bem como desenhar, com aquelas suas mãos macias de se tocar. Aquele lábio macio de encostar, aquele sorriso que soube como me fazer sorrir, que eu fico até tímido em admitir que por você eu não tenho vergonha de sentir. Minha fantasia fadada que não era um conto de fadas era um drama com várias piadas. Aquele jeito meu inocente de ser que só me faz sofrer. Aquela bondade em acreditar no que todos vieram me contar sem provas para me provar. Eu odeio pechinchar, mas pelo seu amor eu poderia até mendigar, isto é terrível de aceitar, mas é uma realidade que infelizmente tenho que encarar. Quando você viesse e sem eu pedir um abraço você me desse, eu não saberia o que dizer até quando o seu beijo eu tivesse. E no final, com meus olhos cheios de estrelas enxergando mais estrelas nos teus, eu diria que nós éramos a mais linda constelação.

domingo, 7 de setembro de 2014

SANT

Eu me peguei pensando em como seria estranho
Não saber mais o caminho do nosso encontro
Peguei-me enxugando lágrimas porque não sei mais onde é sua casa
Comecei a escrever para tentar descrever o quanto vai doer
E se você sofrer e não puder me ver?
E se você chorar e não souber com quem desabafar?
Se eu precisar te abraçar, mas não saberei onde você vai estar?
Se eu correr de medo e você não estiver perto para me fazer encarar?
Se eu não souber amar de novo, onde estará você pra me fazer perceber?
E se eu encontrar a mais linda das flores e não puder te entregar?
Se eu descobrir comidas gostosas e não puder te chamar para provar?
E quando eu for escolher roupas, onde estará você para a sacola carregar?
Eu posso chorar quando você se for
Mas estou sorrindo de te ver conseguindo
E quando você voltar ou eu for pra onde você vai estar
Nunca mais iremos nos separar.




sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O LIXEIRO 

Ele estralava os dedos para rimar com o som do seu choro, era incrível a forma que as notas musicais se formavam, não era obrigação rimar, podia apenas estralar. Ele foi deixado como lixo, mas perto do mau cheiro ele tornou-se o lixeiro. Ele não sabe muito bem o porquê, apenas disse que aguentaria receber aquilo que não serviria mais para as pessoas, falou que estava tudo bem, mas enfatizou: Não deveriam descriminar os lixeiros, eles são os mais educados, até porque recolhem das ruas o que as pessoas jogam nelas e as poluem. Então é isso, limpar o que foi sujado, uma historia sem amor, sem glória, mas uma historia de heróis. Uma história que o vento leva para longe, que o fogo destrói e muda a água, não em uma cor bonita, mas aquela que me preocupa, porque não posso limpar, e talvez dessa forma eu me sinta inútil, não por limpar e sim por não limpar.



quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O SONHAR ETERNO 

Ele era um idoso sentado na praça aos fins das tardes para olhar seus netos enquanto corriam, alimentava os gatos solitários porque eles o faziam companhia, acenava de longe para a garotinha simpática que o observava.
Ao chegar a sua casa percebia que sua linda mulher que ele tanto amava já havia deixado o jantar preparado, ele a olhava com se estivesse recitando o mais lindo dos poemas, ela sorria como se dissesse "Eu também te amo, meu eterno sonhador".
Ao se sentar para o jantar ele se recordou de quando amou e o seu amor o conquistou, que por coincidência era a mesma que o seu jantar preparou. Ele se emocionou e pensou: “Naqueles velhos tempos onde amar era o princípio para se relacionar, onde hoje é apenas questão de apreciar”. Ele enxugou as suas lágrimas porque percebeu que o seu amor se entristeceu, o idoso sonhador que se preocupava com o humor do seu amor.

Era um sábado à tarde, ela falou

Ele disse- como você adivinhou que foi o lembrar do nosso encontro que me emocionou?

Ela respondeu- ah, meu querido sonhador, você me olhou como aquele menino que estava tímido, mas gritando em seu olhar que eu era o seu maior sonhar.

Ele sorriu e disse, eu sou como aquela flor que o vento te entregou, ela não sabia para onde estava indo até que você a salvou, naquele dia eu estava perdido até o momento em que você me abraçou.



Ao acordar no dia seguinte, sua sonhadora ainda estava deitada, ele estranhou, a chamou, mas ela não o respondeu, então o sonhador percebeu que acordou sem seu amor, ela havia chegado ao seu fim, mas com toda a sua tristeza, ele ainda falou: ela não perdeu a sua beleza. Quando voltou do velório, não viu seus netos correrem, nem a moça que o acenava, então com seus olhos cheios de lágrimas ele falou "Ah, minha sonhadora você me fez um sonhador realizado, sem coisas a terem me frustrado, porque ao seu lado eu era o vencedor, mas como o seu fim chegou, eu sou um sofredor, porque quando você me deixou, meu coração congelou. Meus netos não corriam mais, a moça não acenava, nem os gatos me acompanhavam". No dia seguinte o sonhador tinha amanhecido morto, mas tinha escrito em um bilhete. “Eu fui atrás do meu maior sonho, porque só com ele eu sou sonhador"

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O SONHAR NÃO SONHADO 

Parece que nunca vai passar como aquele forte ar que chega a sufocar, mas de repente, ele não consegue mais nos tirar o ar que precisamos para respirar, porque somos fácies em nos adaptar. Era como o cigarro queimando aos poucos, chegando ao seu fim, perdendo sua vida, mas também destruindo outra. Seria tão bom poder voar sobre o mar sem se preocupar o quão alto eu conseguira flutuar, olhando de cima o que de baixo já me faz se encantar. Imagina não ter que se preocupar em quanto eu poderia sonhar, em quanto eu poderia imaginar e quão incrível poderia ser conseguir realizar. Eu sinto falta da minha força de tentar, sem saber no que iria resultar... Eu sinto falta de tantas coisas que chego a me culpar. Sinto falta do velho jeito bobo de amar que começou a se transformar no jeito novo de se machucar. Como disse o meu maior sonho, eu tenho medo de não realizar o meu sonhar. Sim, o meu sonho falava e se quisesse até me beijava. Eu escrevo como nunca escrevi, eu escrevo na intenção de expandir o meu sentir para que talvez eu tenha um sonho a menos para se cumprir, eu cuspi. Por que tu me tocas se não queres ser o tocado? Porque tu me encantas se não queres ser o enfeitiçado? Porque eu te amo se tu não me amas? Eu não sei, só queria ouvir-te dizer "eu não culpo você".

domingo, 31 de agosto de 2014

MOMENTOS FINITOS

Eu poderia correr enquanto minhas lágrimas estivessem descendo, só assim quando elas estivessem ardendo em meus olhos, iriam se secar com o vento, e então a culpa seria dele porque só assim não perceberiam  que eu estaria chorando  pelo meu sofrimento, achariam que teria sido um cisco que deixou meus olhos vermelhos como estivessem saindo sangue deles. A dor é o único tormento, meu coração está em um eterno sofrimento. Não me olhe com pena, olhe-me com alegria, só assim eu, talvez, receba sua energia e não tenha uma noite sombria, aquelas de agonia que nem de longe é nostalgia. Eu tenho o terror dentro de mim, talvez seja por isso que não consigo sentir, nem muito mesmo transmitir. Eu queria te ver sorrir ao me encontrar, eu amaria o teu olhar, eu te garanto, não conseguiria me aguentar, o meu amor iria transbordar, mas mesmo assim, você não iria acreditar. O que está acontecendo com minha mente? Nem ela mais se entende. Eu não estou brincando, eu não sei como estou ficando, mas tem algo de estranho. Eu coloco minha cabeça de baixo da coberta e não sinto mais que ela está quieta. Tantas vezes eu tentei te dizer que o mundo estava me colocando para baixo, eu só não queria ser mais um capacho. Suas imperfeições parecem tão perfeitas que meu coração cada vez mais se estreita. Você poderia ser meu começo e o fim, nós deitaríamos em nosso jardim, veríamos o quanto é lindo nosso infinito, eu iria rir aos gritos, sabe por quê? Eu tinha construído meu infinito, onde o amor era o princípio.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

RUPTURAS  DE UMA NOITE

Escrever é bom pra quem chora com palavras, frases com sentimentos, dor. Rimas como lágrimas descendo sem parar, por que parar se nunca vai esvaziar a dor de te perder? Brilhar? Como eu brilho sem a sua energia? Talvez eu seja pura nostalgia em dias de agonia. Eu te olho com amor, dor e pudor. Você disse: Não se preocupe. Então, eu olhei no fundo dos teus olhos e disse: Mas você é minha preocupação. Você sorriu, embora chorasse por dentro, eu chorei, enquanto tinha o maior sorriso do mundo dentro de mim. Como não amar-te se eu só tinha o amor a oferecer? Eu ainda desejo ver as tuas expressões, para defini-las como as feições que mais me encantaram. Aquelas bobas e únicas. Sabe aquelas que nós parecíamos livres enquanto estávamos presos um ao outro? Quando você me abrigava e escutava quando eu dizia que queria ser abrigado, e que talvez nunca tivesse me sentindo daquela maneira. Eu poderia ser o que você precisar, até a brisa no ar para refrescar-te, mas eu não queria fazer você sentir a dor de te ver partir. Algo está errado, por que a lua está sem o sol? E as estrelas não brilham mais ao seu redor? Então ele fechou os olhos e disse: apaguem as luzes que o sonho acabou.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O DESEJO QUASE CONSCIENTE 

Nós poderíamos ter fugido quando ninguém queria que ficássemos.  Poderíamos ter corrido tão rápido que só o cansaço poderia nos parar, talvez eu ainda criasse forcas só para te carregar. Poderíamos ter feito amor em lugares secretos, olhando nos teus olhos, tão delicadamente, eu mexeria com o seu subconsciente. Poderíamos ter olhado a lua, eu dizendo que poderia ser sua, você me agradeceria, eu te beijaria. Fomos para lados opostos, sem distinção, talvez fosse maldição, mas como? Nós já éramos mortos. Não sei como meu coração funciona, ele não te quer, mas te ama. Não entendo como a vida muda, ou grita? Eu grito, ou mudo? Eu disse que te detestava, mas não lembro onde meu coração estava, ele não diria isso, há não ser que estivesse submisso. Eu sei que ainda há um pouco de mim em teus pensamentos, não faço ideia se são tormentos, talvez não, você me disse que teve sonhos, não pesadelos. Amar-te é como ser o teu chão, você me pisa, mas não te deixo cair.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

PREFÁCIO

Eu não tenho descrição, as coisas não estão em minhas mãos, eu nem sequer sei onde elas estão ou estarão. Não sei que rumos tomarão, mas eu te confesso, não tenho mais compaixão e muito menos coração para acreditar em tamanha enganação. Mais uma vez é como automutilação, a procura de um único coração que ocupasse esse vagão aqui perto do meu pulmão. É uma auto enganação tentando praticar o perdão, ou dando chances para sentir a emoção de viver sem solidão. Talvez eu devesse mesmo fumar cigarros, beber sem duração, para que talvez não sentisse mais minha pulsação. Todas as coisas que eu vejo, ou todas as coisas que poderei ver, parecem ter a mesma projeção no caminho para a escuridão. Na noite passada eu viajei com sua risada, pensei que a minha dor estava sendo anestesiada, mas era mais uma piada da minha vida com uma única estrada, que costuma ser chamada de "Amaldiçoada”.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

O INSTANTE INCONSTANTE
         Eu sou tão inconstante, que a cada instante eu quero você mais distante. Mas você deveria aprender, eu não consigo me entender, eu penso que você deveria ir embora, mas desejo ouvir você batendo em minha porta. Você me tirou do fundo do sufoco, agora você é a corda que me sufoca. Eu sou tão amável, que amar acaba tornando-se inevitável. Eu quero tanto o bem, mas não me saio bem. Eu sou tão frágil, mas a fragilidade me mantém tão forte. Eu não ligo se ele me deixou, eu ligo se você um dia irá me deixar. Eu fico tão inconsciente quando estou sendo inocente, tentando entender esse amor envolvente que deixa meus sentidos dormentes. Eu queria amar como se não houvesse amanhã, mas quando o amanhã chega, eu estou aos prantos, procurando o resto dos meus encantos. Eu tento ser quem eu sou, mas do seu coração você me expulsou, não sei o porquê, eu juro que não te faria sofrer, só queria alguém pra junto comigo sobreviver e mais tarde morrer. Talvez eu não saiba qual é mais minha verdade, eu tenho medo de ser uma mentira e que todos descubram qual é minha verdadeira sede, eu choro porque eu não consigo ser, nem pertencer, eu tenho apenas o querer. A abstinência de carinho me levou a esse caminho, eu mendigo o seu singelo coraçãozinho. Eu queria deitar sobre as areias das praias, com você ao meu lado, vendo o amanhecer, com você eu poderia mais ainda enlouquecer. Eu te amaria em alto mar, gritando: É COM VOCÊ QUE EU QUERO CASAR. Por que você não me deixa tentar te fazer feliz? Eu ficaria até sem cicatriz, pelo tamanho da alegria que iria sentir em te fazer me sentir. Tantos problemas querem me derrubar, mas eu sempre tento me levantar, você pode me ajudar? Eu realmente quero você, mas a reciprocidade é a verdadeira questão. Eu queria que você curasse o meu humilde coração.