O DESEJO QUASE CONSCIENTE
Nós
poderíamos ter fugido quando ninguém queria que ficássemos. Poderíamos ter corrido tão rápido que só o
cansaço poderia nos parar, talvez eu ainda criasse forcas só para te carregar.
Poderíamos ter feito amor em lugares secretos, olhando nos teus olhos, tão
delicadamente, eu mexeria com o seu subconsciente. Poderíamos ter olhado a lua,
eu dizendo que poderia ser sua, você me agradeceria, eu te beijaria. Fomos
para lados opostos, sem distinção, talvez fosse maldição, mas como? Nós já
éramos mortos. Não sei como meu coração funciona, ele não te quer, mas te ama.
Não entendo como a vida muda, ou grita? Eu grito, ou mudo? Eu disse que te
detestava, mas não lembro onde meu coração estava, ele não diria isso, há não
ser que estivesse submisso. Eu sei que ainda há um pouco de mim em teus
pensamentos, não faço ideia se são tormentos, talvez não, você me disse que
teve sonhos, não pesadelos. Amar-te é como ser o teu chão, você me pisa, mas
não te deixo cair.
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