PREFÁCIO
Eu
não tenho descrição, as coisas não estão em minhas mãos, eu nem sequer sei onde
elas estão ou estarão. Não sei que rumos tomarão, mas eu te confesso, não tenho
mais compaixão e muito menos coração para acreditar em tamanha enganação. Mais
uma vez é como automutilação, a procura de um único coração que ocupasse esse
vagão aqui perto do meu pulmão. É uma auto enganação tentando praticar o
perdão, ou dando chances para sentir a emoção de viver sem solidão. Talvez eu devesse
mesmo fumar cigarros, beber sem duração, para que talvez não sentisse mais
minha pulsação. Todas as coisas que eu vejo, ou todas as coisas que poderei
ver, parecem ter a mesma projeção no caminho para a escuridão. Na noite
passada eu viajei com sua risada, pensei que a minha dor estava sendo
anestesiada, mas era mais uma piada da minha vida com uma única estrada, que
costuma ser chamada de "Amaldiçoada”.
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